domingo, 14 de novembro de 2010

Fuxico

- um diferente olhar sobre o ordinário-
 

         As vezes, tudo parece tão sem sentido… Me sinto como aquelas personalidades que tanto recrimino as quais sentam em um café e falam sobre como a politica é ruim e como o mundo está perdido. E no dia seguinte, voltam a sua vida. As mesmas pessoas que, de tempo em tempo, doam uma parte d seu dinheiro, sem saber para onde vai, já também não se importam, melhor dinheiro que o (des)prazer de conviver com seus iguais.

         Meu maior sonho é sair do Brasil. Ver in loco como funcionam os outros países, como as pessoas pensam, interpretam os fatos, quero entender os outros, tentar ver a vida como eles veem e quem sabe entender a minha realidade através dessa experiência.

          Vejo tanta gente reclamando do Brasil, do mundo, mas não fazendo nada a respeito. Nossa agenda não permite. Temos que correr contra o tempo. Fazer 1000 cursos para nos detacar no curriculo. Aceitar salarios baixos que nao condizem como nossa formação ou muitas vezes fazer trabalhos como se já tivessmos formados para, talvez, no futuro termos uma oportunidade, ou melhor, termos o sonho de uma vida melhor.

           Vivemos a procura de um ideal, nos matamos por ele e esquecemos o que talvez mais importa, o sentido de nossa vida. Se eu não estiver mais aqui, o que realmente mudará nese mundo? Somos descartáveis, corremos atrás de uma ilusão, a qual sempre estamos atrasados. Somos julgados por nossas caracteristicas de adaptação: servimos (ou não) a algum cargo. Somos parte de uma engrenagem maior, pequenos e substituiveis. Somos levados pela vida, sem ter tempo para parar, pensar e apreciar o momento. Não temos voz. O mundo é o que´é e nós temos que nos adaptar a ele.

          As vezes, paro e me pergunto qual o sentido de tudo isso. Sinto que não estou contribuindo ao mundo e valorizando a vida que me foi dada. Tenho saúde, tenho uma familia, tenho oportunidades. As provações serviram para me fortalecer e abrir os olhos sobre a vida. Sempre tive um bom senso critico: compreendia as instituições, as segundas intenções, a vida como ela é… Nada é gratuito. Depois dos obstáculos que tive, percebi que a propria vida deve ser repensada, nao devemos esperar nossos 50 anos ou uma doença para pensar no que estamos ajudando na sociedade.

           Estou procurando um trabalho de voluntária. Ainda não sei o que fazer, não sou ligada a nenhuma religião. Acredito em Deus e isso me basta. Sou costureira por formação e agora estou cursando jornalismo, mas minha maior qualidade é querer ser útil, fazer a diferença. Não quero reconhecimento, titulos ou premiação. Apenas perceber que faço minha parte já seria o bastante.

           Essa tarde comecei a discutir com um amigo um projeto. Fruto das minhas aulas de Comunicação Comunitária. É algo logico, simples  e muito trabalhoso. O esboço já foi montado. Espero que em até 1 mês consigamos tirar do papel. Por enquanto estamos tentar colocar tudo neste, realmente fazer um plano de ação.

sábado, 4 de setembro de 2010

Cafézinho

-Pausa. Cansaço e alivio -

Hoje aluguei um livro. Comprei um sonho. Namorei filmes.

Atravessei a cidade como se só o momento importasse. Sem tempo, sem compromisso.

No mundo só havia o presente. Estava eu apenas sendo.

Mas meu coração esperava, havia um compromisso. Incomunicavel. Voltei para casa. Estou a esperar. Cadê ele que roubou a minha paz?

Pouco a pouco cresce a vontade de largar tudo e voltar aquele sentimento, aquela sensação de unidade, de sinergia.

Prometi a mim mesma que esse período o foco seria em me equilibrar, em não depender. Eu sei o que tenho que fazer: deixar ele partir... Mas como é difícil falar de coração: "Agora não. Quem sabe no futuro?"

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Viscolycra

- nem duro como um tecido plano ou leve como uma malha-
Adaptação. Palavra de ordem. Me adapto a este novo mundo. Estou "entrando no quarto" e já repenso minhas escolhas. Finalmente fiz um facebook, mas sinto que não o explorei por inteiro. Adoro "curtir", mas me perco em seus aplicativos. Em grande parte ainda sou espectadora do mundo virtual, retwitto, tento achar uma função social ao que me oferecem.
Se posto algo, é porque é novo. Nada desnecessário. Culpa dos malditos 5s ensinados ainda na adolescencia. Informo, não sobre mim, mas sobre o que acho que interessa.
Na faculdade, finalmente posso respirar e retomar antigos projetos. Só neste blog há 6 rascunhos de posts desde o ultimo. Sempre existia outra prioridade. A adaptação a novas situações traz também estragos. O molde inicial fica desfigurado, diferente do original. Não quer dizer que é ruim. Só é novo.
Me adapto a esta nova vida. Vida que não para, que sempre se transforma. Seja no profissional, no sentimental ou simplesmente na maneira d ser.

domingo, 14 de junho de 2009

Malha

-tramas entrelaçadas que esticam e se moldam-
Correria. Tarefas acumuladas. Confusão. Poeira. Ansiedade.
PÉROLA DE SABEDORIA: nunca encha sua grade horária, algum dia você precisará desses horários.
Auto-escola. Faculdade. Estudo.
META: arranjar um emprego.
Opções? Bolsa. Concurso. Bicos. Trabalho formal.
ESTADO: cansada
Fim de periodo.

Organza de seda

- insipido, brilhante, assim como a vida de uma estudante-

Locações: ICH, Facom; R.U.; auto-escola; casa
Personagens principais: não há, exceto a protagonista, o resto se tornou elenco de apoio devido a intensa movimentação da mesma, que mal consegue cumprir seus horários
Tempo: Semelhante a Corra Lola Corra
Sinopse: Semelhante a Paradise Kiss (obra de Ai Yazawa), a diferença se encontra na protagonista cursar faculdade, não o colegial.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Poá de seda

- a desconfiança em algo novo se torna uma bela surpresa -



Confesso que não sou afeita a mudanças. Tipica capricorniana, sou controladora.
Sou quieta, observadora. Se converso é para disfarçar minha anti-socialidade. Fechada.
Mergulho de cabeça para superar os medos que uma maior reflexão trariam. Cabeça vazia, oficina do diabo. E assim fiz. Ansiosa, mergulhei de cabeça nesse novo mundo.

Costumo pensar que tudo acontece por um motivo. Entrei na faculdade sem ao menos saber se era aquilo que queria, apesar de sentir certa sintonia. O medo, não só do novo, mas em passar quase 5 anos com pessoas com pontos de vista divergentes, eram enormes. Meu medo só cresceu quando percebi que as pessoas com quem compartilharia aulas eram, em grande parte, mais novas que eu.

Qual não foi minha surpresa quando descobri que todos compartilhavam o mesmo medo : o de não se encaixar. E o melhor, comparando aos que entraram antes, estes com quem atualmente estudo são os que tenho mais simpatia seja, com gostos, visões de vida e experiências passadas.
Sinto que entrei na hora certa, com as pessoas certas. Em 1 mês me sinto em casa. Estou incrivelmente socializada. Sinto que faria outros cursos, mas nenhum me deixaria tão plena quanto o que estou cursando.

Sou caloura abusada, tenho programa na rádio. Por ele tive oportunidade de conhecer melhor veteranos e algumas pessoas de meu periodo (diurno e noturno). Puxei matéria eletiva e obrigatória, descobri como funciona a faculdade e do que vou fazer meu tcc ou projeto experimental.

Cada dia que passo lá me sinto mais em casa. O medo agora é outro: o de não sair da FACOM. Sem papas na lingua, mas sem tentar conquistar ninguém, sinto que as relações que se formam são autênticas. Nada é gratuito, apenas pela ocasião. Claro que tem alguns com mais afinidade. Mas, no geral, pode-se conversar de futebol, politica, sexo, bebida e as vezes só sobre NADA.
Não é apenas o curso que juntou pessoas com interesses culturais em comum, são pessoas maravilhosas que independentes do curso tenho a oportunidade de conviver. A minha sorte é que elas atualmente estão na minha turma, mas acredito que se não fossem e nos dessem a oportunidade de nos conhecer, ainda assim adoraria a companhia deles.

1 mês. Me sinto apressada. Apreensiva. O sentimento de sempre ter pertencido a lá me desconcerta.
Sim, cometo gafes. Sou levada pela emoção. Bebo. Me arrependo. Mas percebo que é mais por tentar demonstrar quem realmente sou do qualquer outra coisa. Não estou acostumada a me encaixar.
Chega a ser engraçado. O fato de você se sentir bem é realmente um incomodo. Uma nova situação. Em que tento entender como as pessoas não tentaram me mudar, me aceitam e acham qualidades em mim.

Não vou citar nomes. Não preciso. Tá, é mentira, preciso sim. Mas nunca farei jus ao que eles significam para mim. Seria tentar falar em poucas palavras coisas que nem sei expressar. Uma injustiça.

Sabem aquela história de oportunidades, possibilidades? O pior é que era verdade e pouco a pouco vou escolhendo o que usar. Admirada. Vejo uma habilidade em tecer que nem achei que tinha. Talvez sejam as companhias, talvez sempre esteve em mim.

Ainda tentando me adaptar. Na verdade, o problema é justamente este, tentando me conhecer. Pois a adaptação nunca me foi exigida nesse novo ambiente e tentando descobrir não só o lugar mas a mim mesma.

Só queria agradecer a todos pelo que me proporcionaram.

Feliz Páscoa,
Lorena M. Vila Real



Obs.: Para uma outra visão sobre esse mesmo fato acessem o blog da Analu.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ateliê

Pouco a pouco, termino de arrumar a casa.
Colocado tudo em ordem, reparo a forma que tomou.
Os tecidos já foram escolhidos, vislumbro o que poderão ser. Tenho em mente que outros surgirão pelo caminho e talvez o sketch que planejei não seja seguido.
O espaço ainda precisa de ser totalmente organizado, mas para isso precisa-se de tempo.
A trilha sonora se reduz a ouvir uma rádio local.